Implantação do SGP da Goinfra avança com apresentação do projeto-piloto

Implantação do SGP da Goinfra avança com apresentação do projeto-piloto

Três rodovias foram analisadas a partir de três cenários distintos de manutenção. Cada proposta gera impactos diferentes no volume de investimentos necessário para garantir a trafegabilidade da via no longo prazo

A Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra), em parceria com a Dynatest Engenharia, apresentou na sexta-feira (18/11), a metodologia e os resultados alcançados durante a implantação do Sistema de Gerência de Pavimentos (SGP) na agência. Neste projeto-piloto, foram escolhidas três rodovias para serem avaliadas: GO-080, GO-010 e GO-338.

Pela Goinfra, participaram da apresentação o engenheiro da Rede Física da diretoria de Planejamento, Victor Emmanuel, e a gerente de Planejamento, Alessandra Carvalho; e pela Dynatest, o gerente-geral da sucursal da Bolívia, Robert Becerra. Os três apontaram que para entregar uma análise completa, o SGP deve receber dados sobre o pavimento – condição funcional e estrutural, espessura, tráfego, data da implantação asfáltica, realização de obras anteriores, última manutenção e condição atual da malha. Ainda é preciso fornecer informações de custos dos materiais necessários às intervenções.

Uma vez alimentado com todas essas informações, o SGP realiza a análise dos pavimentos para propor melhorias a partir da simulação de muitas combinações e alternativas possíveis. “Assim, consolidam-se os critérios de intervenção, denominados de matrizes de decisões”, explica Victor Emanuel.

No caso da Goinfra, é utilizado o software Highway Development and Management, versão 2.0 (HDM-4), como ferramenta integrante do SGP, para apoiar a tomada de decisões relacionadas à gestão da malha viária: conservação, reabilitação de pavimentos, programação de atividades de intervenção e, ainda, a avaliação econômica de planos e políticas de conservação. 

Projeto-piloto
No caso das três rodovias avaliadas durante a apresentação – GO-080, GO-010 e GO-338 –, o SGP projetou os resultados de investimentos para 10 anos em três cenários de manutenção – conservador, intermediário e crítico. Também foi prospectada a consequência em um “cenário base” – sem que nenhuma ação fosse tomada em relação ao pavimento dos três segmentos.

Como resultado, foi possível analisar e demonstrar aos participantes qual o grau de intervenção deveria ser executado em cada via, ao longo de uma década, para proporcionar o melhor custo/benefício ao Estado e assegurar rodovias de qualidade à sociedade. 

“Pelas diferenças climáticas, de tráfego e de solo, não é possível controlar totalmente um pavimento”, ressaltou Becerra. Nesse cenário, o SGP é uma ferramenta imprescindível, já que traz essas variáveis, fazendo o seu cruzamento com o estado do pavimento. “Esse banco de dados é essencial para a tomada de decisões mais estratégicas e para a entrega de um plano plurianual de investimentos na malha rodoviária”, arrematou.

Há mais de duas décadas, as equipes de engenheiros da Goinfra se empenham pela implantação do sistema, anseio que encontrou apoio na gestão do presidente Pedro Sales e se tornou realidade. A apresentação dos primeiros resultados foi acompanhada por servidores da agência e por representantes da Associação das Empresas de Engenharia de Goiás (AGE), da Controladoria-Geral do Estado (CGE) e do Tribunal de Contas do Estado (TCE) no auditório.

Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes - Governo de Goiás

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