“Há muito tempo não se enfrentava um contingente tão grande de restauração de rodovias”
O presidente da Goinfra aponta que embora tenha avançado nas obras rodoviárias, há muita dificuldade para reparar obras de aeródromos que foram construídos com falhas de execução
Na última semana, o governo do Estado anunciou que o programa de recuperação de rodovias havia atingido a marca de mil quilômetros. Segundo o presidente da Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra), Pedro Sales, foram investidos mais de R$ 220 milhões para atender uma demanda que era crescente e há muito não era encarada.
“É a primeira vez que executamos um volume tão grande de obras em tão pouco tempo na área da manutenção. Mapeamos os trechos mais dramáticos, que tinham mais reclamações e partimos para um programa ousado de recuperação”, alega Pedro Sales. Em entrevista ao Jornal Opção, o presidente da Goinfra falou ainda das operações policiais ocorridas nos últimos anos e que miravam empresas e antigos servidores da autarquia – anteriormente chamada de Agetop.
Marcos Aurélio Silva – Em relação à recuperação de rodovias e aos investimentos neste tipo de obra, como está o cenário hoje no Estado?
Estamos em um contexto de ampla recuperação das rodovias do estado. Algo que já é sentido pelo nosso usuário, quando transita, também é sentido pelo setor produtivo. A culminância desse programa atingiu na semana a marca de mil quilômetros de rodovias pavimentadas que foram recuperadas. Quando eu falo recuperado estou falando de um lançamento de capa novo, um recapeamento, de um novo sistema de drenagem, uma nova sinalização, ou seja, recuperação ampla para melhor trafegabilidade do usuário.
Dentro deste programa tem também a retomada de uma carteira de obras da gestão passada, começando também com algumas de nossa gestão e engrenando no tocante a implementação, ou seja, pavimentação nova. Já são mais de R$ 220 milhões investidos, numa meta ainda mais ousada para o segundo semestre. Vamos forte para o ano final da gestão. Esse é o nosso contexto macro.
Frederico Jotabê – Presidente, quanto de obras que ficou pendente na carteira de obras da gestão passada?
Tem uma carteira podre que é irrecuperável porque é de péssimo estado de execução. Hoje a obra apresenta mais problemas do que vantagens. E uma carteira que vamos dizer que é aproveitável e boa, que é onde tem praticamente o dever de aproveitar os recursos públicos que ali foram investidos.
Eles (gestão passada) tinham um saldo do BNDES, um finalzinho, que eram quatro grandes obras, que ia de Colinas a Minaçu, Diorama a Montes Claros, tinha uma de Mimoso a Água Fria e no São José dos Bandeirantes e Nova Crixás. Esse foi o saldo, que considerando algumas outras como anel viário de Anápolis, que ficou pela metade com crimes ambientais, tem o Aeroporto de Anápolis também… Esses um pouco mais complexos porque envolvem outros assuntos.
Marcos Aurélio Silva – O que aconteceu nos primeiros anos do governo em relação a recursos? Foi o momento de planejar ou como foi isso? Porque agora que começamos a ver alguma coisa evoluir neste sentido de infraestrutura.
No primeiro ano do governo o ex-presidente Enio Caiado teve que se deparar com uma situação muito difícil que foi um calote da gestão passada nas empresas de manutenção. Então ele já sentou na cadeira devendo no mínimo seis meses para cada empresa que cuida da malha viária do Estado. Uma situação bem dramática. Não obstante o passivo grande, é muito pouco dinheiro para investir e aplicar, porque realmente o governador estava em um esforço para conseguir sanar a questão da folha, o mês de dezembro dos servidores. Então o primeiro ano foi praticamente perdido, seja porque havia um passivo muito grande a ser pago, seja porque o governo estava descapitalizado tentando sanar aquele problema dos recursos humanos.
Confira a entrevista completa no site do Jornal Opção.