Goinfra garante entrega do Cora em tempo recorde
Hospital, que ficou pronto em 25 meses, é a primeira unidade pública destinada exclusivamente ao tratamento do câncer infantojuvenil em Goiás
Um total de apenas 25 meses separaram o início da construção do Complexo Oncológico de Referência do Estado de Goiás (Cora) e a sua conclusão, período celebrado nesta quinta-feira (25/9) com a inauguração oficial da unidade fixada às margens da BR-153, em Goiânia. Com investimento superior a R$ 192 milhões nos 19.293,22 metros quadrados de área construída sob a supervisão da Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra), o hospital já cumpre, desde junho, seu propósito de aliar tecnologia robusta e tratamento humanizado com objetivo de preservar vidas de crianças e adolescentes.
Em 2 meses e meio de atividades, o corpo médico já realizou mais de 2 mil procedimentos de saúde, 200 cirurgias, 1,3 mil consultas médicas e multiprofissionais, números que já superam a meta estipulada para seis meses de funcionamento e possibilitaram registro de sua primeira cura completa. Os esforços empreendidos pelas equipes encontram, conforme destaca o governador Ronaldo Caiado, ponto de apoio fundamental na estrutura erguida e na tecnologia de ponta aplicada e em pronto funcionamento na Ala Infantojuvenil.
Tempo foi, portanto, fator decisivo na condução de obras supervisionadas pela autarquia, em atendimento ao papel social que o Cora já representava como projeto. “Trata-se de um complexo projetado, construído e equipado com o que há de mais moderno no mundo para dar esperança à população. Tínhamos pressa em salvar vidas e assim o fazemos, visto que o Cora já esgotou em pouco mais de dois meses a demanda esperada para um semestre”, destacou o governador.


(Foto: Secom/Governo de Goiás)
O presidente da Goinfra, Pedro Sales, ressaltou a união de esforços que culminaram na concretização da benfeitoria, considerada a maior e mais importante entrega de infraestrutura do Governo de Goiás. “O Cora é um exemplo de dinamismo, de celeridade, de boa aplicação dos recursos púbicos. Comprovamos que esta foi uma obra bem executada, de excelência, dentro da legalidade e de padrões e normas técnicas internacionais. É uma obra histórica, para o povo de Goiás se orgulhar de ter em casa o maior e mais completo complexo oncológico, que já nos dá esperança ao preservar vidas”
A coordenadora do Goiás Social e primeira-dama do Estado, Gracinha Caiado, afirmou que o Cora é um legado de dedicação à vida, e que marcará Goiás por muitas gerações. “Essa obra é muito mais do que paredes, leitos ou equipamentos. O Cora é a tradução do amor que Ronaldo Caiado tem pelo Estado e, sobretudo, pelo povo mais vulnerável. Um ato tão grandioso de amor como esse só podia resultar em esperança, vitória e futuro”, observou. “Que cada criança e família que passe por este hospital, sinta o cuidado de cada um que colaborou para que esse sonho se tornasse realidade”.
Além da construção do complexo hospitalar, a Goinfra também se dedicou à infraestrutura de acesso ao Cora, com a implantação de uma rua de meio quilômetro de extensão. O investimento, de R$ 2,45 milhões, garante ligação segura entre a BR-153 e a unidade de saúde, de modo a organizar o trânsito e facilitar a chegada de pacientes e familiares com segurança.

(Foto: Goinfra)
Destaque na América Latina
Primeiro hospital público destinado exclusivamente ao tratamento do câncer em Goiás, o Cora foi construído, desde a concepção do projeto, com tecnologia de primeiro mundo. O Hospital de Amor, de Barretos (SP), serviu como molde para as instalações goianas, que receberam investimento de R$ 63 milhões em mobília e equipamentos. Atualmente, focado no atendimento infantojuvenil, dispõe de 60 leitos de internação – enfermaria e Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Para além disso, abriga a maior ala destinada ao transplante de medula óssea (TMO) da América Latina, que tem estrutura para acolhimento de acompanhantes, junto ao leito de pacientes, além de sistema de filtragem de ar em todos os espaços e uma UTI exclusiva ao centro de transplante.
O complexo compreende ainda um Centro Especializado em Oncologia Infantojuvenil, integrado por 8 recepções, 4 salas de quimioterapia, 12 consultórios para equipe multiprofissional, 4 salas de radiologia e intervenção e 2 de recuperação, 5 salas de fisioterapia, 2 salas cirúrgicas, 6 leitos de UTI geral.
O espaço inclui 20 salas administrativas e de Ensino e Treinamento, com 13 leitos, guarita principal e de serviços, central de gases, casa de bombas, reservatórios, central de água quente e gerador, subestação e infraestrutura predial.
Tecnologia e ambiente lúdico
A ala infantilconcentra centro cirúrgico, setor de imagens com equipamentos de radiografia, tomografia e ressonância magnética. Há também espaços destinados à farmácia, quimioterapia, internação, fisioterapia – incluindo ginásio para atividades. Pedro Sales lembrou que um dos exemplos mais expressivos da tecnologia de ponta empregada no Cora é o equipamento de ressonância magnética, que permite exames durante os atos cirúrgicos.
“Cada segundo é indispensável quando estamos tratando de uma vida. O aparelho permite um ganho de tempo valioso e serve para embasar decisões mais assertivas ainda durante os procedimentos”, observou o presidente. Outro diferencial é o investimento em reabilitação com robótica, que dá condições aprimoradas para que pacientes retomem suas vidas no pós-tratamento.

(Foto: Secom/Governo de Goiás)
Para além dos recursos tecnológicos, a ala infantojuvenil dispõe de uma aparência lúdica para que pacientes sejam mais humanizados. A ideia é que ambientes coloridos e decorados são considerados acolhedores, em contraste com a estrutura de um hospital comum, monocromática. “Profissionais capacitados, tecnologia de última geração, estrutura robusta e acolhedora são elementos que convergem para oferecer mais que um espaço de cura, um espaço de esperança para famílias e pacientes em recuperação. Tudo isso faz muita diferença”, concluiu Pedro.
“Para ser encaminhado ao Cora, não precisa ter um diagnóstico confirmado. A gente vai fazer todos os exames para confirmar o diagnóstico aqui. O paciente é regulado, então, se procurar a atenção primária, alguma unidade de saúde, [em caso de suspeita de câncer] será encaminhado para este hospital”, explicou o secretário de Estado da Saúde, Rasível dos Reis.
Gerido pela Fundação Pio XII — mesma instituição responsável pelo Hospital de Amor, de Barretos (SP) —, o Cora também atua como centro de ensino e pesquisa, de modo a promover capacitação profissional, diagnóstico precoce e desenvolvimento científico.
Goiânia, 25 de setembro de 2025
Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra)